Luz amarela, ténue, penetra nas fibras dos lençóis.
Sensações guardadas na derme há pouco despida, desarmada, arranhada, lambida.
Mãos que estudam corpos como a um mapa. Quase que os sabem de cor. E os olhos, os olhos também os sabem.
O corpo amolecido, dormente e enternecido deleita-se com os vapores exalados pelos amantes. Encostam-se. Querem absorver-se porque são tão perfeitos.
Soltam-se palavras e sorrisos, mas os lábios mexem-se casualmente. O que se diz é como se olha, como se respira. Tocam-se as costas, as coxas, os seios (...) acalentando a carne, sossegando a respiração arquejante.
Palavras mais espaçadas, carícias mais lânguidas, temperatura mais suave... Sussurros... Suspiros...
A luz apaga-se. Fica suspensa no ar toda a lascívia, sensualidade... A ternura que percedeu o momento.
Monday, March 10, 2008
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