Monday, March 10, 2008

Coisas...

Luz amarela, ténue, penetra nas fibras dos lençóis.

Sensações guardadas na derme há pouco despida, desarmada, arranhada, lambida.

Mãos que estudam corpos como a um mapa. Quase que os sabem de cor. E os olhos, os olhos também os sabem.

O corpo amolecido, dormente e enternecido deleita-se com os vapores exalados pelos amantes. Encostam-se. Querem absorver-se porque são tão perfeitos.

Soltam-se palavras e sorrisos, mas os lábios mexem-se casualmente. O que se diz é como se olha, como se respira. Tocam-se as costas, as coxas, os seios (...) acalentando a carne, sossegando a respiração arquejante.

Palavras mais espaçadas, carícias mais lânguidas, temperatura mais suave... Sussurros... Suspiros...


A luz apaga-se. Fica suspensa no ar toda a lascívia, sensualidade... A ternura que percedeu o momento.